segunda-feira, 17 de junho de 2013

Situação de Aprendizagem (Segundo Encontro)

Texto: Meu Primeiro Beijo (do livro Meu Primeiro Amor)
Antonio Barreto

Público Alvo: 8º Ano

1) Agrupamentos Construtivos ( fracos  com médios/ médios com fortes)
   pelos  alunos em função da presença de pontuação expressiva.

2) Que  conhecimentos  de Biologia e Química estão presentes no texto?
    Levantamento de vocabulário.

3) Questionamento sobre os apelidos do personagem principal.
      a) O que os apelidos dizem sobre ele?
      b) O que os apelidos dizem sobre as pessoas?

                Alunos com dificuldades:
·         pontuação                                                       
·         elementos da narrativa (oral)    


Alunos com menos dificuldades:
·         pontuação
    
     c) Informações implícitas no texto :
     - O que sugere “Pode?” no primeiro parágrafo?
     ...as contas de telefone  aumentaram, depois diminuíram... O  que isso significa na vida pessoal de um casal?

Pesquisa com o tema “Beijo”  que tem como objetivo a montagem de um painel com diversidade de gêneros- linguagem verbal e não verbal  e produção de autoria dos alunos.
                                



Situação de Aprendizagem

Questões referentes à Crônica: Pausa de Moacyr Scliar .
  
   
  
Fazer uma leitura oral compartilhada, tendo como objetivo atingir os alunos com mais dificuldades de escrita e compreensão, fazendo inferências como:
  •         O que você acha que o título do texto quer dizer?
  •         Você sabe o significado do termo “Pausa”?


Narrativa de ficção:Moacyr Scliar /Pausa

"Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama,correu para o banheiro, fez a barba e lavou-se. Vestiu­-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:
—Vai sair de novo, Samuel?
Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-­feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O   conjunto era uma máscara escura.
— Todos os domingos tu sais cedo — observou a mulher com azedume na voz.
— Temos muito trabalho no escritório — disse o marido,secamente.
Ela olhou os sanduíches:
—Por que não vens almoçar?
— Já te disse: muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse à carga, Samuel pegou o chapéu:
—Volto de noite.
As ruas ainda estavam úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente, ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas.
Estacionou o carro numa travessa quieta. Com o pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras.
Deteve-­se ao chegar a um hotel pequeno e sujo. Olhou para os lados e entrou furtivamente.Bateu com as chaves do carro no balcão,acordando um homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando os olhos, pôs-­se de pé.
—Ah! Seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...
—Estou com pressa,seu Raul!—atalhou Samuel.
— Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre. — Estendeu a chave.
Samuel subiu quatro lanços de uma escada vacilante.
Ao chegar ao último andar, duas mulheres gordas, de chambre floreado, olharam-­no com curiosidade:
—Aqui,meu bem!—uma gritou, e riu:um cacarejo curto.
Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a porta à chave.
Era um aposento pequeno: uma cama de casal, um guarda-­roupa de pinho; a um canto, uma bacia cheia d'água, sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de viagem,deu corda e colocou-­o na mesinha de cabeceira.
Puxou a colcha e examinou os lençóis com o cenho franzido; com um suspiro,tirou o casaco e os sapatos,afrouxou a gravata. Sentado na cama, comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho, deitou­-se e fechou os olhos. Dormir.
Em pouco,dormia.Lá embaixo,a cidade começava a mover-­se: Os automóveis buzinando,os jornaleiros gritando,os sons longínquos.
Um raio de sol filtrou-­se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido.
Samuel dormia; sonhava. Nu, corria por uma planície imensa, perseguido por índio montado a cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto da testa, nas colinas do ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel mexia-­se e resmungava.
Às duas e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas costas. Sentou­-se na cama, os olhos
esbugalhados: o índio acabava de trespassá­-lo com a lança. Esvaindo-­se em sangue, molhado de suor, Samuel tombou lentamente; ouviu o apito soturno de um vapor. Depois,silêncio.
Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, Correu para a bacia, lavou se, vestiu se rapidamente e saiu.
Sentado numa poltrona,o gerente lia uma revista.
—Já vai,seu Isidoro?
— Já — disse Samuel, entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
—Até domingo que vem,seu Isidoro — disse o gerente.
—Não sei se virei—respondeu Samuel, olhando pela porta; a noite caía.
— O senhor diz isto, mas volta sempre — observou o homem, rindo. Samuel saiu. Ao longo do cais, guiava lentamente. Parou, um instante, ficou
olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado. Depois,seguiu. Para casa."
SCLIAR, Moacyr.In:BOSI,Alfredo.
  •         O que esse termo significa no contexto desse texto lido? 
  •       Qual é o tema central desse texto?
  •     Você acha que o casal em questão tem um bom relacionamento? Por quê?
  •         Em sua opinião, por que o personagem saía de casa todos os domingos pela manhã e voltava só à noite?
  •        Por que, ao chegar ao hotel que costumava freqüentar, ele usava outro nome?
  •          Descreva o ambiente do hotel.
  •        Fazer a descrição psicológica do personagem, observando a influência do meio em que vive;
  •          Tipos de discurso presentes no texto;
  •          Biografia do autor;
  •         Intertextualidade: Ler o texto “Pausa”, de Mário Quintana e fazer uma comparação entre os dois, desde o título até as informações presentes nos mesmos;



PAUSA
Mário Quintana
   Quando pouso os óculos sobre a mesa para uma pausa na leitura de coisas feitas, ou na feitura de minhas próprias coisas, surpreendo-me a indagar com que se parecem os óculos sobre a mesa.
   Com algum inseto de grandes olhos e negras e longas pernas ou antenas?
   Com algum ciclista tombado?
   Não, nada disso me contenta ainda. Com que se parecem mesmo?
   E sinto que, enquanto eu não puder captar a sua implícita imagem-poema, a inquietação perdurará.
   E, enquanto o meu Sancho Pança, cheio de si e de senso comum, declara ao meu Dom Quixote que uns óculos sobre a mesa, além de parecerem apenas uns óculos sobre a mesa, são, de fato, um par de óculos sobre a mesa, fico a pensar qual dos dois – Dom Quixote ou Sancho? – vive uma vida mais intensa e, portanto mais verdadeira…
   E paira no ar o eterno mistério dessa necessidade da recriação das coisas em imagens, para terem mais vida, e da vida em poesia, para ser mais vivida.
   Esse enigma, eu o passo a ti, pobre leitor.
   E agora?
   Por enquanto, ante a atual insolubilidade da coisa, só me resta citar o terrível dilema de Stechetti:
    “Io sonno um poeta o sonno um imbecile?”
   Alternativa, aliás, extensiva ao leitor de poesia…
   A verdade é que a minha atroz função não é resolver e sim propor enigmas, fazer o leitor pensar e não pensar por ele.
   E daí?
   – Mas o melhor – pondera-me, com a sua voz pausada, o meu Sancho Pança –, o melhor é repor depressa os óculos no nariz.
A vaca e o hipogrifo. © by Elena Quintana. São Paulo, Globo.

  •          Vocabulário;
  •        Figuras de linguagem presentes no texto;
  •          Produção de texto: Em que situação de seu cotidiano você acha importante fazer uma pausa? Fale sobre isso. ( Alunos com maiores dificuldades poderão fazer a recontagem da texto em forma de quadrinhos)
  •         Curtir as músicas: Mas que preguiça boa (Chorão) e Vida boa (Vitor e Leo)



Céu Azul
Tão natural quanto a luz do dia
Mas que preguiça boa, me deixa aqui a toa
Hoje ninguém vai estragar meu dia
Só vou gastar energia pra beijar sua boca
Fica comigo então, não me abandona não
Alguém te perguntou como é que foi seu dia?
Uma palavra amiga, uma noticia boa
Isso faz falta no dia a dia
A gente nunca sabe quem são essas pessoas
Eu só queria te lembrar
Que aquele tempo eu não podia fazer mais por nós
Eu estava errado e você não tem que me perdoar
Mas também quero te mostrar
Que existe um lado bom nessa história
Tudo que ainda temos a compartilhar
E viver, e cantar
Não importa qual seja o dia
Vamos viver, vadiar
O que importa é nossa alegria
Vamos viver, e cantar
Não importa qual seja o dia
Vamos viver, vadiar
O que importa é nossa alegria
Tão natural quanto a luz do dia
Mas que preguiça boa, me deixa aqui a toa
Hoje ninguém vai estragar meu dia
Só vou gastar energia pra beijar sua boca
Eu só queria te lembrar
Que aquele tempo eu não podia fazer mais por nós
Eu estava errado e você não tem que me perdoar
Mas também quero te mostrar
Que existe um lado bom nessa história
Tudo que ainda temos a compartilhar
E viver, e cantar
Não importa qual seja o dia
Vamos viver, vadiar
O que importa é nossa alegria
Vamos viver, e cantar
Não importa qual seja o dia
Vamos viver, vadiar
O que importa é nossa alegria
Tão natural quanto a luz do dia


Vida Boa

Victor e Leo

Moro num lugar
Numa casinha inocente do sertão
De fogo baixo aceso no fogão, fogão à lenha ai ai
Tenho tudo aqui
Umas vaquinha leiteira, um burro bão
Uma baixada ribeira, um violão e umas galinha ai ai
Tenho no quintal uns pé de fruta e de flor
E no meu peito por amor, plantei alguém(plantei
Alguém)
Refrão
Que vida boa ô ô ô
Que vida boa
Sapo caiu na lagoa, sou eu no caminho do meu sertão
Vez e outra vou
Na venda do vilarejo pra comprar
Sal grosso, cravo e outras coisa que fartá, marvada
Pinga ai ia
Pego o meu burrão
Faço na estrada a poeira levantar
Qualquer tristeza que for não vai passar do mata-burro
Ai ia

Galopando vou
Depois da curva tem alguém
Que chamo sempre de meu bem, a me esperar (a me esperar)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Situação de aprendizagem com o texto “No aeroporto”, de Carlos Drummond de Andrade


Grupo 3 - Turma 6:
Carolina Barasca (E.E.Cônego Francisco Ferreira Delgado Jr.)
Maria Elisa Cassamassimo (E.E.Cônego Francisco Ferreira Delgado Jr.)
Maria Sandra Fernandes Arroyos (E.E.José Conti)
Nair Ferreira de Almeida Tozatto (E.E. Camilo Sahade)
Renata de Souza Ubeda (E.E. Esmeralda Leonor Furlani Calaf)
Rosemeire Caramano Carignato (E.E. Dr. Tolentino Miraglia)
Sandra R. D. Domeneghetti Romão (E.E. Álvaro Fraga Moreira)



Situação de aprendizagem com o texto “No aeroporto”, de Carlos Drummond de Andrade 

Público alvo: 6º ano

Antes da leitura: 

Colocar som de aeroporto para os alunos ouvirem. Questionar se reconhecem esse som, se sabem de que lugar esse som é característico. 

Apresentar imagens de aeroporto e de avião, a fim de confirmar as hipóteses. 




    





Oralmente, questionar:

  •  Vocês conhecem um aeroporto? 
  •  Vocês já estiveram em um aeroporto? 
  •  O que acontece nesse lugar? 
  •  Que sentimentos invadem as pessoas quando estão num aeroporto? 
  •  Alguém já viajou de avião? Como foi essa experiência? 

Após esse questionamento, o professor explica que o texto a ser lido se passa nesse lugar (aeroporto). E propõe que acompanhem atentamente a leitura a fim de descobrir quem são os personagens que farão parte do texto e por que estão no aeroporto. 


Durante a leitura: 

O professor fará uma leitura compartilhada, fazendo algumas intervenções: 
  •  Instigar a curiosidade do aluno em saber quem é o Pedro, quantos anos ele tem, o que está fazendo naquele lugar. 
  •  Orientar os alunos a entenderem o texto nas entrelinhas. 
  •  Perguntar a eles quem é o narrador, se é parente ou não do Pedro... 

Depois da leitura: 

Perguntar o que acharam do final, se eles se surpreenderam com a revelação de quem é o Pedro. 
Perguntar por que o autor optou em revelar quem é o personagem Pedro apenas no final do texto. 
Questionar se o texto lido pode ser considerado uma crônica e por quê.


Em seguida, trabalhar os elementos da narrativa (foco narrativo, personagens, tempo, espaço, enredo). Os alunos identificarão esses elementos em um quadro, no caderno.

Na sequência, o professor trabalhará a música “Encontros e despedidas” ( de Milton Nascimento), abordando a temática relacionada a viagens. Os alunos escreverão um relato de alguma experiência que tiveram sobre uma viagem (pode ser de ônibus, trem, avião, carro etc).

Para finalizar, farão um texto narrativo a partir da seguinte proposta de produção: 

“Imagine que se passaram dez anos após a viagem de Pedro. Ele e seu amigo ficaram todo esse tempo sem se ver e sem se falar. Finalmente se reencontraram. Pedro voltou. – Faça um texto narrando como foi o reencontro dos dois, o que conversaram, o que mudou entre eles... Seu texto deverá ser escrito em primeira pessoa (colocando-se no lugar do personagem adulto). O tempo, espaço e demais personagens ficam por sua conta. Capriche.” 


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Situação de Aprendizagem "Pausa" – Moacyr Scliar


Grupo 5 - terça-feira:
Francine, Maria Luiza, Mônica, Talita e Thaisa.

Antes da leitura:


- Trabalhar o autor do texto;
- Conceito de crônica, apresentação de uma crônica mais simples;
- Entrega de uma parte do texto “Pausa” de Moacyr Scliar;
- Os alunos terão que terminar a história, em duplas ou em grupos pequenos;
- Socialização das produções;
- O professor recolherá as produções, corrigirá e fará a devolutiva.

Durante a leitura:


- Apresentar o texto original;
- Fazer a leitura compartilhada;
- Questionar sobre as palavras desconhecidas;
- Comentar sobre as variações linguísticas presentes.

Depois da leitura:


- Promover um debate questionando as impressões que o texto causou nos alunos, o que acharam sobre o final, e se preferem a versão original ou a criada por eles.

Sugestão de filme: Sexy and the city.

 Texto: No Aeroporto – Carlos Drummond de Andrade


Grupo 5 - terça-feira:
Francine, Maria Luiza, Mônica, Talita e Thaisa.

- Relatório Individual


Os alunos farão um relato pessoal sobre encontros e despedidas.

- Debate


Será organizado um debate, questionando os alunos sobre o valor de uma amizade sincera.

-Observação


Enquanto os alunos debatem, o professor observará a participação de cada um.

-Autoavaliação



Depois da realização do relatório individual e do debate, os alunos farão uma autoavaliação, analisando a participação nas atividades propostas. 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Momentos marcantes (Depoimento)
Minhas experiências como leitura se iniciaram na infância, com histórias contadas por meu pai. Minha casa tinha uma estante enorme com muitos livros.
Um momento muito marcante como leitora foi, quando estava na adolescência e conheci o livro Poliana, me apaixonei tanto que li várias vezes.
Também na minha adolescência outro momento inesquecível foi quando minha professora exigia a leitura da coleção vagalume, como por exemplo, Sozinha no mundo, Montanha encantada e outros,  posteriormente tínhamos uma avaliação sobre o livro lido.
Assim fui me tornando leitora, hoje como professora procuro trazer para os meus alunos leituras significativas, para que a aula seja enriquecida e prazerosa para todos os envolvidos.



quarta-feira, 5 de junho de 2013


Rosa e Eu

     Minha experiência mais marcante com a leitura foi na antiga 7º série. Eu estudava numa escola pública e tive a melhor professora de Língua Portuguesa do mundo, sem exageros.  Ela foi a primeira pessoa a me incentivar a ler de forma prazerosa. Lembro-me como se fosse ontem....
    Eu sentava na terceira carteira no centro da classe e minha amiga Rosa sentava na primeira, encostada na parede da sala. Éramos as únicas devoradoras de livros da classe, os alunos até nos gozavam, mas não dávamos bola. Gostávamos de tudo o que a professora nos indicava e tentávamos ler todos, no mínimo tempo possível. Líamos no recreio, na hora da entrada e da saída e até quando íamos ao banheiro.
    O primeiro livro que ela me indicou e que me marcou a minha vida foi “Auto da Barca do Inferno”, de Gil Vicente. No início fiquei com medo da narrativa, mas aos poucos fui me envolvendo com os personagens e me identificando com alguns deles. No final aprendi uma grande lição: “As aparências enganam”. Nossa professora nos elogiava para a turma toda, pois não via tal interesse nos outros alunos como vira na Rosa e em mim. Até que um dia, por motivos familiares mudei de escola e nunca mais encontrei uma professora igual a D. Beatriz.